Markson Monteiro de Oliveira, filho do ex-prefeito da cidade de Itabuna, no sul da Bahia, foi preso novamente por torturar e matar um vaqueiro em Floresta Azul, município da mesma região. A prisão aconteceu na terça-feira (18), em um operação conjunta das polícias Federal e Militar, e não cabe mais recurso à Justiça.
Também conhecido como Marcos Oliveira, Markson foi preso por novo mandado de prisão. Segundo a Polícia Federal, ele foi encontrado em um condomínio na cidade de Aracaju, em Sergipe, onde residia há cerca de dois meses.
O suspeito foi encaminhado a um presídio local e será transferido para a capital baiana. Ainda não há data para esta transferência.
Além de Markson, outra pessoa suspeita de envolvimento no crime foi presa. Ilmar Barbosa Marinho foi preso em Ilhéus, no sul da Bahia. Os dois foram presos no mesmo momento para evitar fugas.
O pedido de prisão definitiva em regime fechado dos dois suspeitos foi feito pela Vara Criminal de Ibicaraí, responsável por esse caso. Markson e Ilmar foram indiciados pelos crimes de tortura, cárcere privado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Outras prisões
Markson já havia sido preso há dois anos, em outubro de 2020, mas acabou sendo liberado pela Justiça. Na época, o pai dele, Fernando Gomes, ainda era prefeito de Itabuna.
Na gestão da cidade, o prefeito ficou conhecido no país após dizer que abriria o comércio “morra quem morrer”, no auge da pandemia da Covid-19. Gomes morreu em 2022, após uma crise hepática.
Markson foi liberado para a prisão domiciliar, mas a decisão foi revogada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e ele voltou para o presídio de Itabuna.
Em menos de um mês, no dia 19 de novembro de 2020, Marcos Gomes foi beneficiado por uma liminar do Superior Tribunal de Justiça e deixou a prisão.
Crime contra vaqueiro
A vítima, Alexandro Honorato, foi morta em dezembro de 2006. A polícia concluiu o inquérito DO CASO em janeiro de 2007, quando Markson Oliveira foi indiciado pelos crimes de tortura, cárcere privado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O Ministério Público ofereceu denúncia à Justiça, que expediu mandado de prisão preventiva contra Markson em 8 de fevereiro de 2007. O filho do prefeito chegou a ser condenado a 13 anos de prisão por homicídio qualificado, mas recorreu e foi solto. Ele respondia em liberdade desde então.