A Sexta-feira Santa e a Páscoa se aproximam e é bom os consumidores de Salvador e região metropolitana prepararem os seus bolsos. De acordo com estudo da Fecomércio-BA, com base nas informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação dos principais produtos e ingredientes ligados aos feriados subiu 12,21% em um ano, quase o dobro da inflação geral da região, de 6,51%.
“O grande vilão é a cebola com aumento médio de 40,95% em 12 meses. Além da menor oferta prevista no Nordeste, as chuvas de verão na região sudeste também atrapalharam a colheita e a distribuição entre as centrais de abastecimento”, destacou o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
A cebola é procurada para preparar os pescados, tradicionais para a época. De acordo com o consultor econômico da Fecomércio-BA, os peixes de maneira geral subiram 1,96% em um ano, abaixo da inflação geral.
Porém, o essencial acompanhamento, o arroz, ficou 16,28% mais caro. Ou seja, o consumidor se beneficia por um lado, mas sente a pressão por outro.
A batata-inglesa é uma opção para substituição, pois teve aumento de 2,16% em relação ao ano passado. Outra alta importante foi do ovo de galinha, de 17,73%. Esse talvez seja o tema do momento.
De acordo com a Fecomércio-BA, embora haja uma crise internacional do produto, sobretudo nos Estados Unidos com a gripe aviária, no Brasil o problema é o aumento de custo de produção combinado com a redução de oferta.
Por outro lado, quem busca economizar um pouco na refeição da Páscoa pode aproveitar a queda anual de 6,04% do tomate e de 4,37% do azeite de oliva.
“Agora, tratando de outro produtos relevante para o período, o chocolate, este também está com preço médio mais salgado. O chocolate e achocolatado em pó teve aumento de 22,15% em um ano e o chocolate em barra e bombom subiram, em média, 11,02%”, alerta o economista.
Embora não haja o ovo de páscoa na lista, esses produtos dão a tendência de que este produto sazonal também sofrerá com preços altos. E não só por causa do preço do chocolate, mas pelo encarecimento das embalagens, da mão de obra, entre outros custos.
A Fecomércio-BA não faz a coleta de preços dos produtos da Cesta da Páscoa. O estudo é feito com base nas informações do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, e com recorte da RMS.
A federação explicou que o ovo de páscoa não faz parte da cesta por ser um produto sazonal, que não é feita a coleta pelo IBGE ao longo do ano. Desta forma, a Entidade utiliza produtos similares, como o chocolate, chocolate em barra e bombom, para ter a melhor aproximação possível da variação do ovo.