A posse do novo prefeito de Guaratinga, Rafael Gandhi (PT), trouxe à tona um cenário já familiar para os moradores da cidade: a necessidade de lidar com dívidas acumuladas por administrações anteriores. A situação, recorrente sempre que há troca de gestão, afeta especialmente os servidores públicos, que enfrentam atrasos salariais. Muitos funcionários têm que lidar com dificuldades financeiras, acumulando juros de cartões de crédito e atrasos no acesso a serviços essenciais.
Na sexta-feira (10), o prefeito reuniu-se com representantes da APLB Sindicato para discutir a falta de pagamento dos salários de dezembro de 2024, que atingiu cerca de 70% dos servidores da educação. A dívida, segundo o novo governo, foi deixada pela gestão da ex-prefeita Marlene Dantas (UB), cujo último mês de mandato acumulou um débito de R$ 1.354.326,31. Durante a reunião, Gandhi destacou o compromisso com a educação e assegurou que sua equipe está avaliando a situação financeira do município com responsabilidade e transparência.

“Estamos analisando cada ponto com responsabilidade e transparência, priorizando o diálogo e a busca por soluções conjuntas”, afirmou Gandhi. Ele garantiu que na próxima segunda-feira, 13 de janeiro, apresentará um ofício com propostas para a quitação das dívidas, que serão avaliadas em assembleia pelos servidores. Claiton Ribeiro, coordenador da APLB, destacou a abertura para o diálogo, afirmando que “salário é alimento” e reforçando a urgência de uma solução.
Além da folha de pagamento, a nova gestão enfrenta outras dívidas deixadas por Marlene Dantas, como o débito de R$ 72.173,48 referente à energia elétrica de prédios públicos. Segundo Gandhi, a resolução desses problemas será pautada pela legalidade e pelo equilíbrio fiscal.
A reunião contou com a presença de lideranças sindicais e membros da equipe técnica da prefeitura, incluindo o procurador-geral Dr. Leonardo Oliveira Varges e os secretários de Finanças, Administração e Educação.
Também há expectativa que Gandhi se reúna nos próximos dias com representantes do Sispug para tratar das pendências que afetam servidores da saúde e outros setores, incluindo o próprio prefeito, que como odontólogo, não recebeu o salário referente ao último mês. Enquanto a administração busca soluções, os cerca de 240 servidores impactados aguardam um desfecho que lhes permita retomar a normalidade financeira.